– Ele já foi o braço direito de Nicolae Ceausescu, o presidente da Romênia comunista. Foi integrante do topo da elite soviética, conviveu e socializou com Nikita Khrushchev, Mao Zedong e Fidel Castro. Era um homem abastado com estabilidade e prestígio. No entanto, em 1978, Pacepa deixou tudo isso para trás e desertou para os Estados Unidos, onde se tornou uma fonte inestimável de informações para os funcionários da Inteligência dos Estados Unidos.
Ceausescu não acreditou quando soube que Pacepa tinha desertado. Quando a verdade aflorou, ele teve um colapso, e colocou uma recompensa de US$ 2 milhões pela cabeça do desertor. O infame assassino Carlos, o Chacal, foi um dos vários assassinos que foram enviados sem sucesso para eliminar Pacepa. Ele passou três anos em interrogatórios. A princípio, os agentes da CIA tiveram que convencer o presidente Jimmy Carter a não devolvê-lo à Romênia, o que seria o mesmo que assinar sua sentença de morte. Jimmy Carter confiava em Ceausescu e não acreditava nas denúncias de Pacepa, e até proibiu que fossem publicadas. Esta atitude de Carter dá o que pensar…
As coisas mudaram quando o presidente Ronald Reagan assumiu o cargo. Ele autorizou Pacepa a publicar sua história, que foi lançada em um livro, amplamente traduzido intitulado “Red Horizons”.
Reagan leu o livro e gostou tanto que chegou a chamá-lo de “manual para lidar com ditadores”. Logo depois de ser publicado, foi traduzido para o romeno, contrabandeado para aquela nação, secretamente impresso e amplamente distribuído por lá. A Radio Free Europe transmitiu para a Romênia sua leitura em uma série de capítulos.
Em 1989, 11 anos após sua deserção, Pacepa tornou-se cidadão dos Estados Unidos. Naquele dia, ele recebeu uma carta assinada pelo vice-diretor de operações da CIA, afirmando que ele havia “feito uma contribuição importante e única para os Estados Unidos”, da qual ele poderia “se orgulhar com justiça”. Ele foi creditado pela CIA. como sendo a única pessoa no mundo ocidental que havia demolido sozinho um serviço de espionagem inimigo – o que ele próprio havia administrado, o Directia Informatii Externe (DIE) da Romênia.
Naquele Natal, Ceausescu e sua esposa Elena foram executados, após uma audiência em que a maioria das acusações veio diretamente do livro de Pacepa. Uma semana depois, o novo jornal oficial romeno Adevărul (A Verdade) escreveu que “Red Horizons” “desempenhou um papel incontestável na derrubada de Ceausescu”.
Quanto ás razões que o levaram a tomar tal decisão, ele atribui ao seu interesse vitalício em todas as coisas americanas, a cultura, o estilo de vida, e também à necessidade de evitar uma ordem que ele recebera para supervisionar um assassinato, além do desejo de retificar toda a desinformação que ele passara a maior parte de sua carreira criando.
Essas retificações incluíam a denúncia de que Ceausescu não era um aliado novo e confiável do Ocidente, mas um cruel tirano que só defendia os próprios interesses; que a inteligência soviética havia promovido fortemente a história de que a CIA matou o presidente John F. Kennedy e publicou a falsa história de que eles não estavam interessados em Lee Harvey Oswald quando ele desertou para a União Soviética; que a ideia de um papa ter sido cúmplice no Holocausto foi outra invenção do Kremlin; e que a KGB cultivou intencionalmente o antissemitismo no Oriente Médio com o propósito expresso de armar o terrorismo islâmico contra Israel e os Estados Unidos.
Estes são pilares da cultura progressista ocidental do final do século XX, factóides largamente promovidos em filmes, livros e difundidos através de ideologias esquerdistas, que formaram a opinião de várias gerações, a começar pelos contemporâneos da Revolução Cubana até hoje. Nós sabemos as calamidades que esta manipulação de ideias, difusão de factoides e falsas narrativas trouxeram para os jovens daquele tempo, e seus filhos, como cresceu a degradação da sociedade, o consumo de álcool, drogas, a falta de interesse por capacitação profissional e produtividade, até chegar no Movimento HIppie, quando tudo isso foi coroado com a ideologia de “Sexo, Drogas e Rock&Roll”. Ninguém ligou a causa ao efeito.
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